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Infecção cruzada e hospitalar: qual a diferença e como evitar

A infecção cruzada é o termo dado a contaminação causada pela transferência de microorganismos infecciosos de uma pessoa para outra. Isso pode ocorrer, por exemplo, em hospitais, clínicas cirúrgicas, consultórios odontológicos e outros serviços de saúde.

Já a infecção hospitalar se trata da infecção adquirida após a internação do paciente, que pode ou não se manifestar durante sua permanência no hospital. Ou seja, há a possibilidade também de manifestação após ter tido alta e ainda sim estar envolvida com a internação ou com os procedimentos hospitalares.

Por ser um assunto bastante complexo, recomendamos que leia este artigo até o final e entenda quais são os principais tipos de infecções e o que fazer para evitar!

Tipos de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS)

As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde, comumente chamadas de infecções hospitalares, vão além da infecção cruzada – a qual já citamos anteriormente. Isto é, há também outros tipos de infecções que podem ocorrer em um ambiente hospitalar e que vamos explicar agora.

Infecção Endógena

A infecção endógena é aquela causada pela proliferação dos microorganismos da própria pessoa. Esse tipo de infecção ocorre principalmente em pessoas que estão com o sistema imunológico mais comprometido.

Infecção Exógena

A infecção exógena é o oposto da infecção endógena, já que é causada por microrganismos de fontes externas. Estas infecções podem ocorrer, por exemplo, pela transmissão aérea desses micróbios ou simplesmente pelo contato com superfícies contaminadas e que sejam transportadas para dentro do corpo.

Infecção Inter-hospitalar

Já a infecção inter-hospitalar é aquela levada de uma unidade de serviço de saúde a outra. A transferência de pacientes entre hospitais pode ser a principal causa deste tipo de infecção.

Principais vias de infecções

As infecções hospitalares podem ocorrer de várias formas, sejam elas endógenas, exógenas, cruzadas ou intra-hospitalares. Por isso, entre as principais vias de infecções estão:

Infecções aerógenas

As infecções aerógenas são aquelas que ocorrem por via aerógena, ou seja, através da inalação de partículas suspensas no ar, que podem ser dispersas a longas distâncias, através da tosse, fala ou espirro, por exemplo.

Entre as principais infecções deste tipo, podemos citar: difteria, peste pneumônica, pneumonia estafilocócica, pneumonia estreptocócica, meningite meningocócica, coqueluche e tuberculose pulmonar.

Infecções entéricas

Doenças causadas por vermes, que afetam o estômago ou intestino e que podem causar sintomas como diarréia, febre ou cólicas, são classificadas como infecções entéricas.

Algumas das principais doenças que ocorrem por meio das infecções entéricas são: cólera, enterocolite estafilocócica, gastroenterocolite por Escherichia coli enteropatogênica, hepatite, febre tifóide, salmoneloses, shigeloses.

Infecções cutâneas

As infecções cutâneas são causadas por microbactérias que rompem a proteção natural da pele e causam infecções no local. Entre as principais infecções deste tipo estão: queimaduras extensas, infectadas por Stafilococcus aureus e Streptococcus pyogenes (grupo A), eczema vaccinatum, doença vesicular neonatal, rubéola, varíola vacínia generalizada e progressiva, gangrena gasosa, impetigo, infecções cutâneas por Stafilococcus aureus e Streptococcus pyogenes, infecções inespecíficas de feridas.

Como evitar a infecção cruzada em serviços de saúde

A infecção cruzada nos serviços de saúde é um risco frequente. Por isso, toda a equipe deve, obrigatoriamente, conhecer e aplicar as normas de biossegurança recomendadas para o ambiente.

Higienize bem as mãos

A maioria das infecções cruzadas são causadas por contágio direto de microbactérias transferidas de um objeto a outro que, ao tocar, pode tanto ser absorvida pela pele quanto ser levada à boca, por exemplo.

Por isso, é essencial que haja uma higiene cuidadosa e frequente das mãos, pois são os principais veículos de transmissão de bactérias. Desta forma, o álcool em gel, bastante utilizado neste período pandêmico, é um grande aliado para a prevenção de infecção cruzada dentro dos serviços de saúde.

Tenha cuidado nas UTIs

As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são os lugares com maior risco de haver infecções cruzadas dentro de um hospital. Isso porque é neste setor que concentram-se os pacientes clínicos ou cirúrgicos com um estado de saúde mais crítico.

Por isso, a utilização de EPIs e a circulação mais restrita de pessoas neste ambiente são algumas formas de prevenir possíveis contaminações entre pacientes e também entre os profissionais.

Faça a limpeza do ambiente e equipamentos

O processo de higienização dentro de serviços de saúde, como hospitais, clínicas e consultórios, devem seguir alguns processos específicos como: limpeza, desinfecção e esterilização. Do contrário, haverá uma grande possibilidade de infecção cruzada, causada por micobactérias que não são eliminadas em uma limpeza simples.

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Atenção com as visitas

Profissionais da saúde, por sua formação, já têm conhecimento dos riscos de infecções cruzadas dentro dos serviços de saúde, assim como as boas práticas para evitá-las. Porém, as visitas muitas vezes negligenciam as orientações de segurança ou não se atentam à elas.

Por isso, é dever do profissional também ficar atento às visitas, para que não transitinfecçãoem em locais não permitidos ou, de repente, tenham contato com outros pacientes ou instrumentos infectados.

Faça o descarte correto de resíduos infectantes

O descarte correto dos resíduos de serviços de saúde é uma das boas práticas de biossegurança e prevenção de infecções cruzadas, tanto para o profissional quanto para o paciente. Isso porque instrumentos como seringas ou bolsas de sangue, por exemplo, carregam uma grande quantidade de microrganismos vivos que podem apresentar riscos à saúde.

Por isso, faça o descarte correto destes resíduos, de acordo com sua classificação, mantenha os ambientes sempre limpos e siga todas as normas de biossegurança recomendadas para os serviços de saúde. Essas e outras boas práticas são essenciais para a prevenção de infecções cruzadas dentro de hospitais, clínicas, laboratórios e outros serviços de saúde.

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