Você já ouviu falar sobre saúde digital? Não há dúvidas sobre a importância que a tecnologia tem em todas as áreas, inclusive a médica. Essa já é uma realidade bastante plausível aqui no Brasil.
A grande questão que é enfrentada hoje não é mais sobre como as tecnologias chegarão nas empresas, profissionais, pacientes e a regulamentação, mas sim sobre como eles se adaptarão e se anteciparão a elas.
Todos os dias uma novidade diferente chega ao conhecimento do público, seja por meio de apps, de uma ideia em desenvolvimento, startups, etc.
Está curioso sobre como essa tecnologia digital tem ajudado a medicina? Então continue lendo.
Como surgiram as healthtechs?
As chamadas healthtechs que se referem aos serviços tecnológicos na área de saúde servem para que se possa otimizar tais serviços e tudo o que está relacionado a eles.
Dessa maneira, acabam trazendo uma certa melhoria para a demanda de serviços de saúde, na forma em que eles recebem valor e que se consomem.
É muito importante lembrar que as healthtechs são um modelo de negócio do tipo startup que possuem características que são diferentes das outras que já existem.
Dessa forma, acabam quase sempre entregando um serviço fácil de copiar a ideia, com inovação, ainda que se esteja em um cenário de incertezas.
A saúde digital tecnológica tem como princípio básico apenas trazer soluções inovadoras aos cuidados médicos e a toda rede relacionada.
A pandemia foi um momento crucial para que a área de tecnologia pudesse se desenvolver melhor e colocar mudanças que já estavam próximas, em prática.
Dividir os espaços com a medicina presencial deixou todo o setor mais prático. Por exemplo, uma mudança muito nítida foi com a telemedicina. Falaremos melhor sobre ela e outros tópicos abaixo:
1. Telemedicina
A telemedicina foi um serviço que se estabeleceu durante a pandemia por conta do isolamento social para que se pudesse diminuir a necessidade de aglomeração de muitas pessoas doentes juntas.
Tudo que se enquadra como uma consulta de rotina migrou para a consulta digital, onde o paciente entrava em contato com o médico, falava sobre seus sintomas e tinha o diagnóstico sem sair de casa.
Dependendo do que for relatado, o médico pode direcionar o paciente para uma consulta presencial. A teleconsulta faz parte da telemedicina e abrange vários ramos para que se possa criar uma facilidade entre paciente e profissional.
Ela beneficia principalmente aquelas pessoas que possuem dificuldade de locomoção e precisam fazer exames em lugares distantes.
Com a telemedicina, é possível criar essa aproximação e dar acessibilidade a mais pessoas.
2. Laudo digital
Outro serviço que ganhou notoriedade durante a pandemia e que terminou por facilitar a vida de médicos e pacientes, foi o laudo digital.
Este é um documento igual ao laudo impresso, só que feito de modo virtual. O laudo pode ser um parecer, um relatório, um laudo pericial, laudo médico, laboratorial, dentre outros.
Uma vez que ele foi criado pelo profissional no computador, basta realizar o upload para a plataforma referente e pedir ao médico que assine o documento (também digital).
Depois de ter assinado, o laudo pode ser repassado para o paciente para que ele tenha acesso por e-mail. Acaba sendo algo prático pois é mais rápido, gera menos custo, e o paciente não corre risco de perder.
3. Consulta online
A telemedicina proporcionou que vários profissionais pudessem realizar atendimento aos seus pacientes através do celular, por chamada de vídeo, Whatsapp e outros meios de comunicação.
A tecnologia foi uma grande aliada durante esse período crítico. Tanto que o apelo para que esse serviço continue é grande. A medicina não permite que se faça atendimentos online, porém, a pandemia acabou sendo uma medida excepcional para evitar maiores problemas de contaminação.
A aderência foi tão grande que a consulta online tem tido pedidos como um método permanente para facilitar a vida dos pacientes. O conselho Federal de Medicina (CFM) liberou durante a pandemia:
- Teleorientação;
- Teleinterconsulta;
- Telemonitoramento.
A consulta online serve para ajudar a cuidar da saúde, principalmente, dos pacientes que estão no grupo de risco para que possam ter uma agilidade maior no serviço.
Alguns lugares disponibilizaram o acesso a outros especialistas. Isso permitia com que um médico que trabalha como clínico geral pudesse entrar em contato com um pneumologista ou cardiologista para discutir a situação do paciente.
Tudo isso de maneira dinâmica, simples e rápida. Tudo o que um médico precisa para aderir ao sistema digital é conseguir uma empresa que forneça esse tipo de tecnologia segura que seja capaz de criptografar os dados dos pacientes.
Além disso, o sistema precisa contar com um armazenamento seguro de informações.
O que diz a lei sobre a saúde digital?
A saúde digital foi feita com o objetivo de ampliar a capacidade de atendimento médico e de levar os médicos profissionais até os lugares de difícil acesso.
Em tempos de crise onde os pacientes podem ter dificuldades financeiras de arcarem com dinheiro para transporte, a telemedicina acaba trabalhando como um apoio fundamental para ambos os lados.
O CFM ainda em 2019 chegou a regulamentar a atividade como um modelo de atendimento oficial. Porém, isso não durou muito e a decisão foi adiada por conta da pressão que os conselhos regionais colocaram para que a discussão sobre o assunto pudesse ser ampliada.
Como a pandemia chegou atingindo o mundo todo, o tema acabou sendo levado para discussão novamente, sendo que agora a necessidade de implementá-lo se tornou algo vital.
Sendo assim, desde o início da pandemia, até que ela acabe, esse serviço continuará disponível.
Conclusão
Por fim, pudemos ver então algumas das mudanças que ocorreram na saúde digital depois que a pandemia eclodiu no mundo. Muita coisa que entraria em cena num tempo futuro teve que acabar sendo adiantada e colocada em prática hoje.
E a atitude não poderia ter sido melhor. A tendência é que cada vez mais novas tecnologias vão aparecendo para que se possa facilitar o acesso da comunidade a saúde de qualidade.
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