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Descarte incorreto de resíduos: consequências irreversível ao meio ambiente

descarte incorreto de resíduos é uma questão ambiental que vem sendo discutida há anos. Afinal, a cada dia é mais necessário achar uma solução eficiente para o tema.

Diante de um século consumista e que o descarta é muito maior, outro problema vem sendo desafiador, que é a não reutilização adequada dos materiais.

No ramo hospitalar, a maior parte de todos os materiais utilizados têm utilização única. A presença de agentes infectantes é algo grave e requer atenção no descarte

O chamado lixo hospitalar é nocivo não só para as pessoas, mas para o meio ambiente em geral. Continue lendo e entenda melhor o assunto!

Como o descarte incorreto prejudica a sociedade e ao planeta?

resíduo hospitalar é composto por todo tipo de material proveniente do atendimento a pacientes e instituições de saúde. Portanto, nele pode-se encontrar:

  • Seringas;
  • Filmes de raio-x;
  • Secreções humanas;
  • Agulhas;
  • Objetos perfurocortantes.

Entre várias outras coisas que podem estar contaminadas pelos chamados agentes biológicos ou químicos. Quando se trata de lixo hospitalar, é necessário muita cautela.

Negligenciar o descarte correto deste resíduo faz com que os danos ao meio ambiente sejam críticos, gerando uma série de impactos negativos.

Por exemplo, o lixo infectante que possui agentes biológicos é composto por tecidos, parte de órgãos e resíduos de laboratórios de análises. A combinação destes em um local sem as medidas corretas de descarte tem o potencial de contaminar rios, o solo e mesmo lençóis freáticos.

De maneira silenciosa e em ‘efeito cascata’ acaba por prejudicar os seres vivos que se alimentam do que há naquele solo e bebem de fontes contaminadas por ele.

Em relação ao descarte irregular de resíduos perfurantes ou perfurocortantes, este se mostra um perigo real principalmente para os profissionais de coleta de lixo que podem vir a se machucar e até contrair doenças.

A contaminação do solo pode provocar a desertificação da área em casos mais extremos. Ou seja, torna a terra infértil e afugenta a fauna nativa, causando um desequilíbrio ecológico.

Um animal silvestre que por ventura entrar em contato com a vegetação, ou solo contaminado, pode se tornar um agente propagador de surtos de doenças por onde passam. Dentre as principais doenças e consequências que podem ser prejudiciais para os humanos, incluem-se:

  • Cólera;
  • Disenteria;
  • Meningite;
  • Amebíase e hepatites;
  • Desenvolver câncer de fígado e de tireoide;
  • Dermatose e alterações neurológicas.

 

Quais as consequências o descarte incorreto traz?

Para que se possa evitar a proliferação de doenças e também uma maior contaminação, a ANVISA acabou estabelecendo regras. Essas discorrem sobre como tratar esse lixo hospitalar e dividem os materiais de saúde em vários grupos diferentes:

  • Materiais com potencial infectante (Grupo A);
  • Material químico ( Grupo B);
  • Rejeitos radioativos (Grupo C);
  • Resíduos comuns (Grupo D);
  • Perfurocortantes (Grupo E).

Para nosso ecossistema, um dos perigos mais significativos está presente nos materiais do grupo A e E. Respectivamente o sangue, a secreção, excreção, etc. 

Um dos maiores desastres radiológicos já conhecido no país foi o caso do Césio-137. Em 1987, na cidade de Goiânia, se espalhou por toda a cidade o cloreto de césio.

Ao todo, 51 mil pessoas foram contaminadas, mais de mil foram afetadas e 4 morreram. O desastre aconteceu por conta do descarte incorreto de um aparelho  radioterapêutico usado no tratamento de câncer que continha cápsulas radioativas.

Na época, o fato serviu para lembrar a todos das consequências de negligenciar o descarte de resíduos específicos. No caso, resíduos sólidos radioativos.

Soluções para que um descarte incorreto não ocorra

Como se trata de um material específico, para criar uma rotina de descarte correta é necessário que a equipe do local tenha responsabilidade e cuidado.

Possuir sistema de gestão do lixo hospitalar já é um bom começo, independentemente do tamanho da clínica.

Contar com uma empresa de descarte é a melhor forma da instituição encontrar segurança e eficiência.

Além disso, apostar no descarte correto significa respeito às normas da ANVISA. Nesse sentido, é fundamental que o hospital ou clínica faça a pesquisa da empresa que pretende contratar.

Ela precisa ter experiência no setor para que garanta que todo o processamento do material seja feito de forma correta, segura e dentro das normas.

A empresa também precisa ter um alvará ambiental para que possam comprovar que não estão oferecendo risco à saúde pública e ao meio ambiente.

Classificação dos tipos de resíduos de saúde

Os resíduos de saúde são aqueles que oriundos de:

  • Hospitais;
  • Clínicas odontológicas;
  • Clínicas veterinárias;
  • Postos de saúde;
  • Laboratórios;
  • Entre outras empresas relacionadas à saúde humana e animal.

A ANVISA estabeleceu quais são os tipos de resíduos, dividindo-os em grupos. Dessa forma, ela pôde criar uma legislação específica para cada um desses grupos.

Todos os tipos de RSS existentes e catalogados se encaixam em um dos grupos, os quais se dividem da seguinte forma: A, B, C, D e E.

E vale ressaltar que o tratamento e o destino final destes resíduos irá variar de acordo com a sua classificação. Sem mais delongas, confira logo abaixo um pouco mais sobre os grupos e quais resíduos se encaixam dentro deles!

Grupo A: resíduos infectantes

O grupo A, ao contrário dos outros, é dividido em subgrupos, os quais você poderá conhecer logo abaixo!

Grupo A1

São todos os resíduos de:

  • Manipulação de microorganismos;
  • Inoculação;
  • Manipulação genética;
  • Ampolas, frascos e todo material envolvido em vacinação;
  • Materiais envolvidos em manipulação laboratorial;
  • Material contendo sangue, bolsas de sangue ou contendo hemocomponentes.

É necessário acondicionar estes resíduos em saco branco leitoso com símbolo de risco infectante.

Grupo A2

São os resíduos de:

  • Carcaças;
  • Peças anatômicas;
  • Vísceras animais;
  • Animais submetidos a processo de experimentação com microorganismos que possam causar epidemia.

Estes resíduos apresentam um maior grau de risco e, por isso, devem ser acondicionados em sacos vermelhos contendo símbolos de risco infectante.

Grupo A3

Neste grupo estão os resíduos de peças anatômicas, como tecidos, membros e órgãos humanos. E também devem ser acondicionados pelo gerador em saco vermelho com símbolo de risco infectante.

Grupo A4

No grupo A4 se enquadram os seguintes resíduos:

  • Kits de linha arteriais;
  • Filtros de ar e de gases aspirados de áreas contaminadas;
  • Sobras de laboratório contendo fezes, urina e secreções;
  • Tecidos e materiais utilizados em serviços de assistência à saúde humana ou animal;
  • Órgãos e tecidos humanos, carcaças, peças anatômicas de animais, cadáveres de animais e outros resíduos que não tenham contaminação ou mesmo suspeita de contaminação com doença ou microrganismos de importância epidemiológica.

É preciso acondicionar todos os resíduos em sacos branco leitoso com símbolo de risco infectante.

Grupo A5

Por fim, no grupo A5 se encaixa todos os órgãos, tecidos, fluidos e qualquer tipo de material envolvido na atenção à saúde de indivíduos ou animais com suspeita ou certeza de contaminação por príons.

Os materiais precisam ser acondicionados em 2 sacos vermelhos (um dentro de outro) com símbolo de risco infectante.

Grupo B: resíduos químicos

Faz parte do grupo B todas as substâncias químicas dos serviços de saúde que podem apresentar risco de contaminação aos humanos e/ou ao meio ambiente.

Podem ser tanto substâncias corrosivas, tóxicas, reativas ou inflamáveis. Alguns exemplos mais comuns são:

  • Medicamentos ou insumos farmacêuticos vencidos, contaminados e/ou impróprios para o consumo;
  • Saneantes, desinfetantes e desinfestantes;
  • Substâncias para revelação de filmes usados em Raios-X;
  • Reagentes para laboratório, isolados ou em conjunto.

Para os reagentes de laboratório ou outros materiais líquidos, deverá ser feita a correta segregação, identificação (nome do produto) e o acondicionamento. Considerando a incompatibilidade química dos materiais, para prevenir acidentes.

Grupo C: resíduos radioativos

Este grupo representa todos os resíduos que vêm de produtos contaminados com radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de eliminação toleráveis pelas normas da Comissão Nacional de Energia Nuclear – CNEN.

Alguns exemplos são os resíduos de serviços de radioterapia, medicina nuclear e raio x. E não é responsabilidade da empresa coletar e tratar estes resíduos.

Grupo D: resíduos comuns

Entram neste grupo os resíduos de serviço de saúde que não representam riscos químicos ou biológicos, não diferente dos descartes regulares domiciliares. Por essa razão, são equiparados ao lixo doméstico e podem ser considerados como resíduos sólidos urbanos.

Alguns exemplos deste tipo de resíduos são:

  • Gesso;
  • Luvas;
  • Esparadrapo;
  • Algodão;
  • Gazes;
  • Compressas;
  • Equipo de soro e outros similares;
  • Bolsas transfundidas vazias ou contendo menos de 50 ml de produto residual;
  • Sobras de alimentos não enquadrados na classificação A5 e A7;
  • Resíduos de varrição, flores, podas e jardins;
  • Resíduos provenientes das áreas administrativas dos EAS.

A empresa não coleta os resíduos comuns, fica a cargo do setor público a coleta dos mesmos.

Grupo E: resíduos perfurocortantes

Os resíduos deste grupo são identificados como perfurocortantes e são todos os objetos e instrumentos que contêm cantos, bordas, pontos ou protuberâncias rígidas e agudas, que possam cortar ou perfurar, como:

  • Lâminas de barbear;
  • Bisturis;
  • Agulhas;
  • Escalpes;
  • Ampolas de vidro;
  • Lâminas e semelhantes;
  • Bolsas de coleta incompleta, descartadas no local da coleta, quando acompanhadas de agulha, independente do volume coletado.

Estes resíduos devem ser colocados no local de sua geração em embalagens estanques. As embalagens devem ser resistentes à punctura, ruptura, vazamento e devidamente identificadas por meio do símbolo de risco correspondente.

Jamais coloque os resíduos direto em sacos plásticos junto com outros resíduos infectantes, pois as chances de provocar acidentes são altas.

O que pode ser considerado resíduo de saúde?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou uma definição constatando que todos os resíduos sólidos dos serviços de saúde (RSS) são os descartes feitos por estabelecimentos de saúde, como é o caso dos centros de pesquisa, hospitais, laboratórios e postos.

No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), estendeu essa definição para outros tipos de organizações. Isso foi feito por meio de suas regulações RDC ANVISA 306 de 2004 e a Resolução CONAMA 358 de 2005.

Sendo assim, ficou definido como RSS todos os resíduos gerados pelas seguintes atividades:

  • Centro de controle de zoonoses;
  • Distribuidores de produtos farmacêuticos;
  • Drogarias e farmácias inclusive as de manipulação;
  • Estabelecimentos de ensino e pesquisa na área da saúde;
  • Funerárias e serviços onde se realizem atividades de embalsamamento;
  • Importadores, distribuidores produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro;
  • Laboratórios analíticos de produtos para a saúde;
  • Necrotérios;
  • Serviços de acupuntura;
  • Serviços de medicina legal;
  • Serviço de tatuagem;
  • Serviços relacionados com o atendimento à saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo;
  • Unidades móveis de atendimento à saúde;
  • Outros serviços equiparados ou congêneres.

Conclusão

É fundamental que as instituições responsáveis tenham um cuidado para não fazer um descarte inadequado. Existem normas e leis que exigem que os protocolos estabelecidos sejam seguidos para proteção do meio ambiente.

Para que essa situação não fuja do controle, é necessário buscar uma equipe com expertise no assunto. Com profissionais competentes e devidamente regulamentados.

Deixe sua opinião e nos conte nos comentários se no seu local de trabalho, a instituição toma os cuidados necessários para evitar algum tipo de desastre.

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